sexta-feira, 26 de abril de 2013

Evolução das Instituições de Saúde – Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre


Além de conhecer a história da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, também, fez parte do Projeto de Extensão a visita ao Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre. Um verdadeiro museu a céu aberto com suas histórias e roteiros impressionantes.

Segundo o site, o Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, inaugurado em 1850 e o mais antigo em atividade no Sul do Brasil, conserva em seus 10,4 hectares muito da história da Capital gaúcha e do próprio Rio Grande do Sul. Atrás de seus muros, mais de um século e meio de história está representada, através da arte esculpida em mármore, bronze, ferro e pedra, nas sepulturas e mausoléus ali reunidos. Atravessar os portões que guardam esse patrimônio da cidade e caminhar por suas alamedas é iniciar uma viagem ao passado.

No Brasil Colonial, as vilas se estruturavam com uma capela em seu centro e, ao lado ou nos fundos desta, ficava o cemitério. Na Vila de Porto Alegre, a necrópole existente localizava-se atrás da antiga Igreja Matriz e Capela do Divino Espírito Santo, que deu lugar à Cúria Metropolitana, hoje na Rua Fernando Machado.
Durante a ocupação de Porto Alegre pelos farroupilhas, entre 1835 e 1836, a média anual de enterros aumentou substantivamente, causada também por um surto de escarlatina. Logo, a área destinada aos sepultamentos tornou-se inadequada. O terreno acidentado, de acentuado declive, não permitia mais acolher os enterros, por problemas ocasionados pela chuva e consequente erosão do solo.
Em 1834, já havia uma comissão sanitária, formada por médicos e nomeada pela Câmara Municipal, para debater o problema da necrópole. Mas foi em 1843, após o poder público municipal ter autorizado a mudança do cemitério para uma localidade afastada – extramuros –, que o Presidente da Província, Luis Alves de Lima e Silva, tomou a iniciativa de adquirir, em 6 de agosto de 1844, um amplo terreno. Situado longe do Centro, no alto da Colina da Azenha, a sua administração ficou a cargo da Irmandade da Santa Casa de Porto Alegre.


A visita/aula/passeio foi surpreendente, nossa guia Amanda, da Reserva Técnica do Centro Histórico Cultura, foi incansável em nos apresentar a história de cada túmulo, mausoléu e imagens. O museu a céu aberto já mencionado possui diversos roteiros entre eles estão o religioso, o cívico, o político, o positivista e o social. Todos com figuras emblemáticas e históricas do Rio Grande do Sul. Um dos jazigos surpreendeu por não haver ninguém enterrado, e sim imagens em resina com fotos digitalizadas mostrando a pretensão de seu dono em construir seu lar eterno antes mesmo da sua morte. Os jazigos não podem ser tombados como patrimônio histórico, pois pertencem as famílias.

Segundo Amanda, o cemitério é um lugar de representação social, as pessoas não são iguais nem na hora da morte, a exclusão dentro do cemitério da Santa Casa é perfeitamente visível e comparável ao surgimento das cidades com seus altos, habitados pelos ricos, e baixos, povoado pelos pobres. O Campo Santo é uma área reservada ao enterro de indigentes e, na década de 1940, também serviu para enterrar os suicidas, fossem eles ricos ou pobres.

Enfim, conhecer a cultura de onde vivemos é resgatar um pouco da nossa própria história. Esse Projeto de Extensão teve a sua primeira visita a uma instituição centenária, ainda falta conhecer quatro instituições...

Aguardem novas histórias!

Referências:  Cemitério Santa Casa de Porto Alegre. Disponível em: <http://www.cemiteriosantacasa.com.br/>. Acesso em: 30/04/2013.

Escrito por Rossana Mativi com o apoio técnico da colega Jullien Dabini.

Um comentário:

  1. É sempre bom conhecer um pouco mais das historias que nos cercam, e fazem parte da cidade!!!!
    Adorei Ro.

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